Depois de um breve jejum (acumulando novidades, é claro..rs), re-iniciamos as atividades do Mundooh com algumas impressões pessoais sobre o DSE 2010.
Las Vegas 23-25 de Fevereiro de 2010
A principal impressão é que foi o melhor evento do segmento que já participei no sentido de oportunidades reais de projetos. Haviam muito mais empresas prontas para investir do que em anos anteriores. Isso representa que nossa indústria finalmente chegou a maturidade (escuto isso desde 2004) e que o futuro é próspero? Talvez sim, talvez não. O certo é que há muita atividade positiva no curto e médio prazo e um clima renovado de otimismo.
Grandes players mundiais como Intel, LG, Samsung e Sony anunciavam novos produtos, sugerindo que há verba e oportunidades a caminho. Certamente acredito que os bons tempos nunca estiveram tão próximos.
Deixando o brilho de lado, a dose de realidade
Público de 3400 pessoas, 14% a mais do que o ano passado.
56 novos exibidores.
A impressão geral do chão da feira foi de certa confusão. Imagino que o neófito tenha saído mais desorientado do que com informações adequadas para uma decisão. Os discursos de marketing em muito se parecem, diversos produtos se assemelham e a inovação mesmo fica restrita a poucas empresas, tipicamente as mesmas figuras dos últimos anos, com poucas variações.
Em contrapartida, houve pouco enfoque nas soluções que resolvem problemas reais dos empresários do setor. Foram poucas as empresas que exploraram as maneiras de utilizar o digital signage como uma porta para aumentar receita e comunicar melhor.
Mais especificamente, não consigo citar muitas coisas interessantes para um comprador de mídia ou agência que tenha participado da feira. Faltou o enfoque de que estamos aqui para propor uma comunicação envolvente e relevante e não vender caixas de sabão.
Interessante também foi notar uma forte presença de latinos. Muitos brasileiros: Elemidia, IndoorMidia, 3Midia, Droid, Megamidia entre muitos outros. A Colombia parece ter despertado e interessantes projetos apareceram de locais mais inesperados como Venezuela e Cuba.
Para quem buscava conteúdo, de maneira semelhante, parece que todos oferecem notícias e meteorologia. Não é uma crítica a esse tipo de conteúdo, mas é muito genérico. Como é mesmo que consigo conteúdo relevante para a minha audiência?
Próximos passos evolutivos
A conclusão que vem se chegando ao longo do último ano é que faltam resolver duas importante questões:
1) Como é mesmo que vamos nos chamar? Quem assistiu a qualquer palestra pode ter anotado pelo menos uns 10 diferentes nomes em inglês usados pelos palestrantes (Digital Signage, Digital Out of Home, Place based media, Captive audience networks, narrowcasting.. e por aí vai..). Na palestra da BroadSign, levantou-se a questão de que usar "Digital Out-of-Home" implica diretamente em que somos um sub-grupo do Out of Home. Apesar de números levemente positivos para nossa indústria durante a recessão, o grupo Out of Home foi um dos mais atingidos, com muito de sua verba voltando para a TV aberta. Ou seja, melhor ser um grupo e não um sub-grupo para evitar reflexos negativos por tabela e também para concorrer mais diretamente com a mídia consolidada.
Por mais que o termo Digital Signage esteja longe de perfeito, em uma rápida pesquisa no google vemos que é de também de longe o termo mais utilizado.
A OVAB (Out of Home Video Advertising Bureau) essa semana anunciou que vai trocar seu nome para DPAA (Digital Place based Advertising Association).
2) É necessário automatizar a execução da distribuição da mídia. Essa é a melhor analogia que tenho para explicar a importância desse ponto: Você tem um website com muitos visitantes. Nesse caso um banner pode lhe gerar receita. É só abrir espaço para o banner que um controle central (leia-se Google Ad-words) entrega o conteúdo e a receita. Imagine agora que você tem um espaço público com muitos visitantes e você tem uma ou mais telas por lá...
A questão é, como unificar tecnologicamente operações que as vezes são isoladas (1 ou 2 localidades, mas milhares delas) ou gigantes (8000-10.000 pontos distintos) para distribuir o conteúdo de maneira centralizada? Quem e como se unificará a núvem? A proposta SaaS pode oferecer alguma indicação no momento, no entanto, não basta ter somente um servidor terceirizado, essa infra-estrutura tem que estar apta a se comunicar de maneira simples com diversas outras redes em um processo automatizado, sem depender de recursos humanos para gerar playlists ou preparar relatórios de exibição e checking.
Em breve, mais novidades.
Bom dia!!!!
Las Vegas 23-25 de Fevereiro de 2010
A principal impressão é que foi o melhor evento do segmento que já participei no sentido de oportunidades reais de projetos. Haviam muito mais empresas prontas para investir do que em anos anteriores. Isso representa que nossa indústria finalmente chegou a maturidade (escuto isso desde 2004) e que o futuro é próspero? Talvez sim, talvez não. O certo é que há muita atividade positiva no curto e médio prazo e um clima renovado de otimismo.
Grandes players mundiais como Intel, LG, Samsung e Sony anunciavam novos produtos, sugerindo que há verba e oportunidades a caminho. Certamente acredito que os bons tempos nunca estiveram tão próximos.
Deixando o brilho de lado, a dose de realidade
Público de 3400 pessoas, 14% a mais do que o ano passado.
56 novos exibidores.
A impressão geral do chão da feira foi de certa confusão. Imagino que o neófito tenha saído mais desorientado do que com informações adequadas para uma decisão. Os discursos de marketing em muito se parecem, diversos produtos se assemelham e a inovação mesmo fica restrita a poucas empresas, tipicamente as mesmas figuras dos últimos anos, com poucas variações.
Em contrapartida, houve pouco enfoque nas soluções que resolvem problemas reais dos empresários do setor. Foram poucas as empresas que exploraram as maneiras de utilizar o digital signage como uma porta para aumentar receita e comunicar melhor.
Mais especificamente, não consigo citar muitas coisas interessantes para um comprador de mídia ou agência que tenha participado da feira. Faltou o enfoque de que estamos aqui para propor uma comunicação envolvente e relevante e não vender caixas de sabão.
Interessante também foi notar uma forte presença de latinos. Muitos brasileiros: Elemidia, IndoorMidia, 3Midia, Droid, Megamidia entre muitos outros. A Colombia parece ter despertado e interessantes projetos apareceram de locais mais inesperados como Venezuela e Cuba.
Para quem buscava conteúdo, de maneira semelhante, parece que todos oferecem notícias e meteorologia. Não é uma crítica a esse tipo de conteúdo, mas é muito genérico. Como é mesmo que consigo conteúdo relevante para a minha audiência?
Próximos passos evolutivos
A conclusão que vem se chegando ao longo do último ano é que faltam resolver duas importante questões:
1) Como é mesmo que vamos nos chamar? Quem assistiu a qualquer palestra pode ter anotado pelo menos uns 10 diferentes nomes em inglês usados pelos palestrantes (Digital Signage, Digital Out of Home, Place based media, Captive audience networks, narrowcasting.. e por aí vai..). Na palestra da BroadSign, levantou-se a questão de que usar "Digital Out-of-Home" implica diretamente em que somos um sub-grupo do Out of Home. Apesar de números levemente positivos para nossa indústria durante a recessão, o grupo Out of Home foi um dos mais atingidos, com muito de sua verba voltando para a TV aberta. Ou seja, melhor ser um grupo e não um sub-grupo para evitar reflexos negativos por tabela e também para concorrer mais diretamente com a mídia consolidada.
Por mais que o termo Digital Signage esteja longe de perfeito, em uma rápida pesquisa no google vemos que é de também de longe o termo mais utilizado.
A OVAB (Out of Home Video Advertising Bureau) essa semana anunciou que vai trocar seu nome para DPAA (Digital Place based Advertising Association).
2) É necessário automatizar a execução da distribuição da mídia. Essa é a melhor analogia que tenho para explicar a importância desse ponto: Você tem um website com muitos visitantes. Nesse caso um banner pode lhe gerar receita. É só abrir espaço para o banner que um controle central (leia-se Google Ad-words) entrega o conteúdo e a receita. Imagine agora que você tem um espaço público com muitos visitantes e você tem uma ou mais telas por lá...
A questão é, como unificar tecnologicamente operações que as vezes são isoladas (1 ou 2 localidades, mas milhares delas) ou gigantes (8000-10.000 pontos distintos) para distribuir o conteúdo de maneira centralizada? Quem e como se unificará a núvem? A proposta SaaS pode oferecer alguma indicação no momento, no entanto, não basta ter somente um servidor terceirizado, essa infra-estrutura tem que estar apta a se comunicar de maneira simples com diversas outras redes em um processo automatizado, sem depender de recursos humanos para gerar playlists ou preparar relatórios de exibição e checking.
Em breve, mais novidades.
Bom dia!!!!
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