O MediaPost publicou na semana passada um artigo falando sobre alguns acordos de mídia DOOH envolvendo autoridades de trânsito e grandes empresas de mídia.
O artigo menciona um piloto entre a Titan Worldwide e a Long Island Railroad (operada pelo Metropolitan Transportation Authority - MTA) e sugere que essa foi uma forma do MTA aumentar sua receita. Outra ação citada e realizada pelo MTA foi oferecer o direito de uso de nome (naming rights) para uma de suas estações, contrato no valor de USD$4 milhões com o Barclays bank para uma estação no Brooklyn.
Mais interessante ainda são os detalhes do acordo em outra linha (operada por outra entidade, o Port Authority) para o sistema chamado PATHVision.
Nesse acordo a NBC Universal (NBCU) subcontratou os direitos de explorar o PATHVision da JCDecaux, que por sua vez tem o contrato com o Port Authority.
A NCBU se compromete a um pagamento mínimo anual para a JCDecaux ou 10% da receita, o que for maior. Ao longo dos 13 anos de contrato o mínimo a ser pago é de USD$1,5 milhões podendo chegar a USD$4 milhões ou mais.
No primeiro ano a JCDecaux fica somente com os 10%. No segundo ano recebe um mínimo de $100 mil ou 10%, chegando a um mínimo anual de $500 mil (ou 10%).
O sistema está inicialmente instalado nas plataformas e deve ser instalado dentro dos vagões até o final do ano. Entre os anunciantes estão portais de conteúdo e Hotéis como o Hilton. O projeto envolve cerca de 3000 telas (como comparação, a "brazuca" TV Minuto tem cerca de 5000....) e impactam uma audiência de 6,3 milhões de passageiros por mês.
A NBCU tem sistemas instalados em táxis, academias e supermercados.
É interessante ver a JCDecaux subcontratar parte do negócio para a NBCU e ver que há algumas garantias elevadas envolvidas, na casa dos milhões de USD$. Esse tipo de garantia, com pagamentos mínimos, tem tirado muitos empreendedores pequenos do ramo, mesmo que possa funcionar em determinadas situações.
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